terça-feira, 29 de julho de 2014

WORKSHOP DE TEATRO
Buscaremos desenvolver as competências fundamentais para o exercício da profissão de ator, tais como sensibilização, desinibição, improvisação, concentração e construção da personagem, por meio da montagem de cenas teatrais e/ou de uma obra teatral completa.

OBJETIVOS:

1.    Identificar, analisar e aplicar técnicas para interpretação dramática e construção de personagens.
2.    Identificar formas de aproveitamento dos recursos de representação dramática aplicados aos diferentes ambientes cênicos.
3.    Contextualizar o personagem às várias realidades inerentes à obra e ao autor (mesmo em se tratando de criação coletiva), utilizando várias linguagens artísticas, outros campos do conhecimento humano estabelecendo relações com a interpretação dramática.
4.    Identificar as diferentes técnicas da interpretação nos diversos ambientes de atuação profissional: teatro, estúdios de dublagem, empresas de radio difusão e vídeo, cinema e espaços cênicos alternativos.
5.    Aplicar os componentes básicos da linguagem cênica, pesquisando e adequando o repertório ao público e ao espaço cênico. De maneira a desenvolver e vivenciar a relação palco-plateia.
6.    Integrar estudos e pesquisas na elaboração e interpretação de idéias e emoções pesquisando métodos, técnicas e recursos inerentes à produção, interpretação, conservação e difusão artística.
METODOLOGIA:
  1. Leituras e análises de textos teóricos e dramáticos;
  2. Criação de experimentos;
  3. Exercícios psicofísicos;
  4. Pesquisa e experimentação de reprodução dos arquétipos básicos;
  5. Apreciação e debate interno sobre produções em cartaz;
  6. Elaboração do experimento de conclusão.

BIBLIOGRAFIA MÍNIMA:

1.    AZEVEDO, Sônia Machado de. O Papel do Corpo no Corpo do Ator. São Paulo:Ed. Perspectiva, 2004.
2.    BRAND ÃO, Junito de Souza - Mitologia Grega Vol. I e II. Petrópolis: Ed. Vozes, 2001.
3.    GASSNER, John. Mestres do Teatro I. São Paulo: Ed. Perspectiva, 2005.
4.    GASSNER, John. Mestres do Teatro II. São Paulo: Ed. Perspectiva, 2003.
5.    GAYOTTO, Lúcia Helena. Voz, Partitura da Ação. São Paulo: Summus Editorial, 1997.
6.    GRINSBURG,Jacob e al. Dicionário de Teatro Brasileiro. São Paulo: Ed. Perspectiva, 2006.
7.    LEHMANN, Hans-Thies. O teatro pós-dramático. SP. Cosacnaif: 2007.
8.    PALLOTINI, Renata. O que é Dramaturgia? São Paulo: Ed. Brasiliense, 2005.
9.    PEIXOTO, Fernando. O que é Teatro. São Paulo: Ed. Brasiliense, 1995.
10. ROUBINE , Jean-Jacques. Introdução às Grandes Teorias do Teatro. São Paulo: Jorge Zahar Editor– 2003.
11. STANISLA VSKI, Constantin. A Construção da Personagem. Rio de Janeiro: Ed. Civilização Brasileira, 1998.
12. STANISLAVSKI, Constantin. A Preparação do Ator. Rio de Janeiro: Ed. Civilização Brasileira, 2006.
13. ULLMAN , Lisa (org.). Domínio do movimento (Rudolph Laban). São Paulo: Ed. Summus, 1978.

QUANDO:
De 05 de agosto a 27 de novembro de 2014, às terças e quintas, das 19h às 21h.
ONDE:
Espaço Cultural João Teimoso
Rua do Aragão, 27 Sala 04
Boa Vista – Recife/PE
INFORMAÇÕES:
3424.3133 / 4141.5125 / 9672.9526 / 8897.1513
REALIZAÇÃO:
teatro eXtemporâneo
APOIO:
SATED/PE
INVESTIMENTO:
R$ 100,00 – no ato da matrícula
R$ 100,00 – mensalidade

quarta-feira, 12 de março de 2014


EU NÃO de Samuel Beckett

BOCA....sair...para dentro deste mundo...este mundo...coisa pequenininha... antes do tempo... em um miseráv... o quê?... menina?... sim... menina pequenininha...neste... sair para entrar neste... antes de seu tempo... buraco miserável chamado...chamado...não importa...pais desconhecidos...não se ouviu (falar) deles... ele tendo desaparecido... evaporou... mal abotoou as calças ... ela do mesmo modo...oito meses depois...quase num instante... logo sem amor... poupado... sem amor como o expressado normalmente ao... bebê sem fala... no lar... sem... nem, de fato, por essa razão, qualquer um, de qualquer tipo... sem amor de qualquer tipo... em qualquer fase subseqüente... um caso tão típico... nada notado até chegar aos sessenta quando — ... o quê?... setenta?... bom Deus!... chegando aos setenta... vagueando num campo... andando à toa à procura de primaveras... fazer uma bola... alguns passos e então parar... olhar o espaço... então seguir... um pouco mais... parar e olhar de novo... e assim por diante... andando sem rumo... quando de repente... gradualmente... tudo se foi... tudo naquela luz matinal de abril... e ela se viu no — ... o quê?... quem?... não!.. ela!... [Pausa e movimentoI.]...viu-se no escuro... e se não exatamente...sem vida... sem vida... pois ela ainda podia ouvir o zumbido... assim chamado... nos ouvidos... e um raio de luz vinha e ia... vinha e ia... como a luz da lua ... oscilando...para dentro e fora da nuvem... mas tão entorpecida... sentindo... sentindo-se tão entorpecida... ela não sabia... em que posição estava... imagine!... em que posição ela estava!... se de pé... ou sentada... mas o cérebro—... o quê?... ajoelhada?... sim... se de pé... ou sentada... ou ajoelhada... mas o cérebro—... o quê?... deitada?... sim... se de pé... ou sentada... ou ajoelhada... ou deitada... mas o cérebro ainda... ainda... de certa forma... pois seu primeiro pensamento foi... ah muito depois... lembrança repentina... criada como ela foi para acreditar... com os outros abandonados... em um Deus... [Risada.]...misericordioso [Gargalhada]... seu primeiro pensamento foi... ah muito depois... lembrança repentina... ela estava sendo punida... pois seus pecados... vários dos quais... mais prova se fosse necessária prova... passavam rápido por sua mente...um atrás do outro... então descartado por serem tolos... ah muito depois... esse pensamento descartado... quando de repente ela percebeu... percebeu gradualmente... ela não estava sofrendo... imagine! ...sem sofrimento!...ela não podia mesmo se lembrar... não queria... quando tinha sofrido menos... a não ser, é claro, que deveria... estar sofrendo...ah! pensou estar sofrendo...justo na hora estranha ... na vida dela... quando claramente pretendia estar tendo prazer...de fato ela não estava tendo...o menor... e nesse caso, é claro... essa noção de punição... por algum pecado ou outro... ou por todos juntos... ou por nenhuma razão particular... pelo próprio pecado... coisa que ela entendia perfeitamente... aquela noção de punição...que lhe ocorreu pela primeira vez... criada para acreditar... como os outros abandonados... em um Deus... [Risada] misericordioso... [Gargalhada]... Deus...lhe ocorreu pela primeira vez... então descartou...como tolice... talvez não fosse tanta tolice... afinal... e assim ia... tudo aquilo... justificativas vãs... até que outro pensamento... ah, muito depois... lembrança repentina... muito tola, realmente, mas—... o quê?..o zumbido?.. sim... o zumbido o tempo todo... assim chamado... nos ouvidos... embora é claro, realmente... não nos ouvidos de todos... no crânio... barulho monótono no crânio... e o tempo todo esse raio ou clarão... como o luar...mas provavelmente não... certamente não... sempre o mesmo ponto... agora brilhante... agora encoberto... mas sempre o mesmo ponto... como lua nenhuma podia... não... lua nenhuma... simplesmente tudo parte do mesmo desejo de... atormentar... embora realmente, de fato... nem um pouco... nenhuma pontada... até aqui...ha!... até aqui... esse outro pensamento então... ah muito depois... lembrança repentina... muito tola realmente mas como ela... de uma forma... que ela poderia fazer bem em... gemer... começar e parar... contorcer-se ela não podia... como se em real agonia... mas não podia... não podia trazer para si... uma falha em sua montagem... incapaz de enganar.. ou a máquina... mais provavelmente a máquina...tão desconectada...nunca recebeu a mensagem... ou sem energia para responder... tão amortecida... não podia fazer o som... qualquer som... nenhum som de qualquer tipo...nenhum grito de ajuda por exemplo... se ela se sentisse tão inclinada... gritar... [Gritos]... então ouvir... [Silêncio]... gritar de novo... [Gritos de novo]... então ouvir de novo... [Silêncio]... não... dispensou aquilo... tudo silencioso como o túmulo... nenhuma parte—... o quê?.. o zumbido? sim... tudo silencioso, apenas o zumbido... assim chamado... nenhuma parte dela se movendo... que ela pudesse sentir... só as pálpebras... presumivelmente... abrindo e fechando... apagam a luz... reflexo, eles chamam a isso... sem sentimentos de qualquer tipo... mas as pálpebras... mesmo nos melhores dias... quem as sente?... abrindo...fechando... toda aquela umidade...mas o cérebro ainda...ainda suficientemente... ah muito!...neste estágio... em controle... sob controle... para questionar mesmo isso... pois naquela manhã de abril... assim ele raciocinou... naquela manhã de abril... ela estava fixando seu olho... um sino distante... enquanto ela apressou-se até ele... fixando o olho nele... com medo que ele a enganasse... nem tudo tinha desaparecido ... toda aquela luz... de si... sem qualquer...qualquer... por parte dela... e assim ia... e assim ia, raciocinava... questionamentos vãos... e todos mortos imóveis... docemente silentes como o túmulo... quando de repente... gradualmente... ela perceb—... o quê?... o zumbido? sim... tudo imóvel, morto; apenas o zumbido... quando de repente ela percebeu... as palavras eram—... o quê?... quem?... não!... ela!.. [Pausa e movimento 2.]... percebeu... as palavras estavam vindo...imagine!... palavras vinham... uma voz que ela não reconheceu no início, desde que tinha soado... então finalmente teve de admitir... não poderia ser outra... senão ela própria... certos sons de vogais... ela nunca os tinha ouvido... em outro lugar... então as pessoas olhariam... as raras ocasiões... uma ou duas vezes por ano...sempre inverno uma estranha razão... olhar para sua incompreensível... e agora este fluxo... fluxo contínuo... ela que nunca tinha... pelo contrário... praticamente emudecida... todos os seus dias... como ela sobreviveu!... mesmo compras... sair para as compras... centro de compras movimentado... supermerc...a mão na lista... com a sacola... a velha sacola preta de compras... então ficar lá esperando... por um tempo... meio da multidão... imóvel... olhando para o espaço... a boca semi-aberta como de costume...até que ela estava de volta em sua mão... a sacola de volta em sua mão...então pagar e ir... não muito mais que até logo... como ela sobreviveu!... e agora este fluxo... sem captar a metade dele... nem um quarto... nenhuma idéia... o que ela estava dizendo... imagine! nenhuma idéia que ela estivesse dizendo!... até que ela começou a tentar... enganar-se... não era dela... não era a voz dela... e sem dúvida teria... vital ela devesse... estava a ponto de... depois de longos esforços... quando de repente ela sentiu... gradualmente ela sentiu...seus lábios se mexendo... imagine!... seus lábios se mexendo!...como é claro até então ela não tinha... e não só os lábios... as bochechas... as mandíbulas... a face toda... todas aquelas—... o quê?... a língua?... sim... a língua na boca... todas aquelas contorções sem as quais... nenhuma fala é possível... e no entanto da maneira comum... não sentidas... então a primeira intenção é... sobre o que se está dizendo... o ser todo... pendurando-se em suas palavras... de modo que não só ela tinha... se ela tivesse... não só ela tinha... desistir... admitir a dela sozinha... sua voz só... mas esse outro pensamento estranho... ah muito depois... lembrança repentina...ainda mais estranho se possível... aquele sentimento estava voltando... imagine! sentimento voltando!... começando em cima... então descendo... a máquina toda... mas não... desperdício... a boca só... até aqui... ah! até aqui... então pensando... ah muito depois... lembrança repentina... não pode continuar... tudo isto... tudo aquilo... fluxo contínuo... esforçando-se para ouvir... fazendo alguma coisa disso... e os próprios pensamentos dela... fazendo alguma coisa deles... tudo—... o quê? o zumbido?... sim... o zumbido o tempo todo... assim chamado... tudo aquilo junto... imagine! o corpo todo como se (tivesse) ido... só a boca... lábios... bochechas... mandíbulas... nunca—... o quê?... língua? sim... lábios... bochechas... mandíbulas... língua... nunca parados um segundo... a boca em chama... fluxo de palavras... em seu ouvido... praticamente em seu ouvido... sem captar a metade... nem um quarto... nenhuma idéia do que ela está dizendo... imagine!... nenhuma idéia do que ela está dizendo!... e não pode parar... sem parar... ela que um momento antes... só um momento! não podia fazer um som... nenhum som de qualquer tipo... agora não pode parar... imagine!... não pode parar o fluxo... e o cérebro todo implorando... alguma coisa implorando no cérebro... implorando à boca para parar... pausa por um momento... apenas por um momento... e nenhuma resposta... como se ele não tivesse ouvido... ou não podia... não podia parar por um segundo... como se enlouquecido... tudo aquilo junto... esforçando-se para ouvir... juntando pedaços... e o cérebro... falando incoerentemente por si... tentando fazer sentido disso... ou fazê-lo parar... ou no passado... arrastando o passado. lembranças de toda parte... mais de passeios... andando todos os dias dela... dia após dia... alguns passos e então parar... olhar pelo espaço.. então seguir... um pouco mais... parar e olhar de novo... e assim ia... vagueando... dia após dia... ou naquele momento ela chorou... aquele momento de que ela podia se lembrar... desde que era bebê... deve ter chorado quando bebê... talvez não... não essencial para a vida... apenas o choro de nascimento para fazê-la ... respirar... então nada mais até esta... já uma bruxa velha... sentada olhando para sua mão... onde foi isso? Croker’s Acres... uma noite a caminho de casa... casa! ...uma pequena colina em Croker’s Acres... anoitecer... sentada olhando para sua mão... ali em seu colo... palma para cima... de repente viu-a molhada... a palma... lágrimas, presumivelmente...dela presumivelmente... ninguém mais por milhas... nenhum som... só as lágrimas... sentada e olhando-as secarem... tudo num segundo... ou tentando uma saída... o cérebro... tremulando por si só...e seguir... nada lá... até a próxima... fraco como a voz... pior... como pouco sentido... tudo aquilo junto... não pode—... o quê?... o zumbido?... sim... o zumbido o tempo todo... barulho monótono como queda d’água... e os raios... piscando... começando a se mover à volta... como o luar mas não... tudo parte do mesmo... olho fixado naquilo também... o canto do olho... tudo aquilo junto ... não posso continuar...Deus é amor... ela será purgada... de volta ao campo... manhã de sol... abril... afundar a face na grama... nada, apenas as cotovias... e coisa e tal... tentando salvar-se.. esforçando-se para ouvir... a palavra estranha...fazer algum sentido dela... o corpo todo como ido... apenas a boca... como enlouquecida... e não pode parar... nada a faz parar... algo que ela—... algo que ela tinha que...—... o quê?... quem?... não!... ela!...[Pausa e movimento 3.]... algo que ela tinha que—... o quê?... o zumbido?... sim... o tempo todo o zumbido... barulho monótono... no crânio... e os raios... pondo às claras... indolor... até aqui... ah! até aqui... então pensando... ah muito tempo... lembrança repentina... talvez alguma coisa que ela tivesse que... tivesse que ... dizer... podia ser isso?... alguma coisa que ela tinha que... dizer... coisa pequenininha... antes do tempo... buraco miserável... sem amor... dispensou-o... emudecida todos os seus dias... praticamente emudecida... como ela sobreviveu!... aquele tempo no tribunal... o que ela tinha a dizer por si mesma... culpada ou não culpada... levanta mulher... fala mulher... levantou-se lá olhando o espaço... a boca meio aberta como de costume... esperando para ser levada... contente da mão em seu braço... agora isto... alguma coisa ela tinha que dizer... poderia ser isso?... alguma coisa diria... como foi... como ela—... o quê?... tinha sido?... sim... alguma coisa que diria como tinha sido... como ela tinha vivido... vivido repetidamente... culpada ou não... e assim foi... ter sessenta... alguma coisa ela—... o quê?... setenta?... bom Deus!... continuou até ter setenta... alguma coisa que ela mesma não sabia... não saberia se ouvisse... então perdoada... Deus é amor... piedade generosa... nova toda manhã... de volta ao campo...manhã de abril... face na grama... nada, apenas as cotovias... retomar lá... seguir em frente a partir de lá...outros poucos—... o quê?... não é isso?... nada a ver com isso?...nada que ela pudesse dizer?... tudo bem...nada que ela pudesse dizer... tentar outra coisa... pensar em outra coisa... ah muito depois...lembrança repentina... também não era aquilo... tudo bem... alguma coisa mais... e assim ia... no final... pensar que tudo continua por tempo suficiente... então perdoada... de volta no—... o quê?... também não é isso?...nada a ver com isso também?... nada que ela pudesse pensar?... tudo bem... nada que ela pudesse dizer... nada que ela pudesse pensar... nada que ela—... o quê?... quem?... não!... ela!...[Pausa e movimento 4.]... coisa pequenininha... saída antes de seu tempo... buraco miserável... sem amor... poupado... emudecida todos os seus dias... praticamente emudecida... mesmo para ela mesma... nunca em voz alta... mas não completamente... às vezes um impulso repentino...uma ou duas vezes ao ano... sempre inverno por alguma razão estranha... as noites longas... horas de escuridão... impulso repentino de... dizer... então apressar-se para parar a primeira vez que viu... o lavatório mais próximo... começar a transbordar... fluxo contínuo... coisa louca... metade das vogais erradas... ninguém conseguia acompanhar... até que ela viu o olhar que estava recebendo... então morrer de vergonha... afastar-se de mansinho... uma ou duas vezes por ano... sempre inverno por alguma razão estranha... longas horas de escuridão... agora isto... isto... mais e mais rápido... as palavras... o cérebro... tremulando como louco... agarrar rápido e .. nada lá... em algum outro lugar... experimentar outro lugar... o tempo todo alguma coisa implorando...alguma coisa nela implorando... implorando a tudo para parar... não atendida ... oração não atendida...ou não ouvida... fraca demais... e vai... continua... tentando... sem saber o quê... o que ela estava tentando... o que tentar... o corpo todo como se (tivera) ido... apenas a boca... como que enlouquecida... e vai... continua—...o quê?... o zumbido?... sim... o tempo todo o zumbido... barulho monótono como queda d’água... no crânio... e os raios... vasculhando algo... indolor... até aqui... ha!... tudo isto... continua... sem saber o quê?... o que ela estava—... o quê?... quem?... não!... ela!... ELA!... [Pausa.]... o que ela estava tentando... o que tentar... não importa... continua... [As cortinas começam a descer]... encontrar uma solução no final... então voltar... Deus é amor... piedades generosas... novas, todas as manhãs... de volta ao campo... manhã de abril... face na grama... nada, só as cotovias... retomar—
[Desce a cortina. Casa escura. Voz continua por trás da cortina, ininteligível, 10 segundos, cessa quando as luzes se acendem.]

Tradução: Lúcia Rosa

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014


OFICINA DE INTERPRETAÇÃO
Realização: teatro eXtemporâneo
com Vavá Schön-Paulino
no Espaço Coletivo, rua tomazina nº 199, 1º andar, bairro do recife
às terças e quintas das 19h as 22h, nos meses de março e abril de 2014
investimento: R$ 300,00 (R$ 150,00 em 11/03 e R$ 150,00 em 15/04)
informações: 3424.3133 e 9672.9526
apoio: sated-pe e afe!
OBJETIVOS
1.      Identificar, analisar e aplicar técnicas para interpretação dramática e construção de personagens.
2.      Identificar formas de aproveitamento dos recursos de representação dramática aplicados aos diferentes ambientes cênicos.
3.      Contextualizar o personagem às várias realidades inerentes à obra e ao autor (mesmo em se tratando de criação coletiva), utilizando várias linguagens artísticas, outros campos do conhecimento humano estabelecendo relações com a interpretação dramática.
4.      Identificar as diferentes técnicas da interpretação nos diversos ambientes de atuação profissional: teatro, estúdios de dublagem, empresas de radio difusão e vídeo, cinema e espaços cênicos alternativos.
5.      Aplicar os componentes básicos da linguagem cênica, pesquisando e adequando o repertório ao público e ao espaço cênico. De maneira a desenvolver e vivenciar a relação palco-plateia.
6.      Integrar estudos e pesquisas na elaboração e interpretação de idéias e emoções pesquisando métodos, técnicas e recursos inerentes à produção, interpretação, conservação e difusão artística.
Material a ser trazido pelo aluno:
1.      Caderno e caneta e/ou lápis grafite para anotações.
2.      Smart fone com aplicativos de gravação de vídeo, som e câmera fotográfica.
AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem será contínua, priorizando aspectos qualitativos relacionados ao processo de aprendizagem e ao desenvolvimento do aluno observado durante a realização das atividades propostas, individualmente e/ou em grupo.
A observação pautar-se-á por critérios e indicadores de desempenho, pois considera-se que cada competência traz em si determinado grau de experiência cognitiva, valorativa e comportamental que se pode traduzir por desempenhos.
Desse modo, espera-se potencializar a aprendizagem e reduzir ou eliminar o insucesso. Isso porque a educação por competência implica em assegurar condições para que o aluno supere dificuldades de aprendizagem diagnosticadas durante o processo educacional.

A autoavaliação será estimulada e desenvolvida por meio de procedimentos que permitam que o aluno acompanhe seu progresso e pela identificação de pontos a serem aprimorados, considerando-se que esta é uma prática imprescindível à aprendizagem com autonomia.