
Recife como o diabo gosta!
“Õ BLÉSQ BLOM”
...Miséria é miséria em qualquer canto, riquezas são diferentes...
Do dia 05 ao dia 06 de julho corrente, corria água da chuva por todos os ralos e buracos desta cidade recifeliz. O Táxi anfíbio que conduzia Márcia, Arilson e Eu quase se afogava no Pina. Tormentos bem dentro da tormenta! O Aeroporto Internacional dos Guararapes – uma verdadeira ‘baldeação’. A ponte sanfonada que nos conduz ao interior da aeronave estava cheia de goteiras e baldes aparavam a água. Márcia Cruz e um “Gordinho” que vinha logo atrás dela, caíram! Escorregaram e caíram! Primeira viagem pela fidelidade GOL SMILES. Saudades da Varig. Sorrisos!!! Pro café da manhã: bolo de baunilha, suco, biscoitos. Brasília linda! Viagem ótima. Segunda-feira livre para a Capital Federal.
“É NA TELA DE CINEMA”
Após e recepção do Samuel Cerkvenik e nosso check-in feito no SONESTA Hotel, almoçamos no Shopping Brasília e fizemos compras para os dias seguintes e para a sessão de cinema que faríamos no quarto dos cafuçus Sávio e Ivo. Abalamos na sala de cinema improvisada e assistimos WOLVERINE (as origens de tudo). Muito chocolate aerado para acompanhar... Chegamos: Arilson, Fábio, Ceronha, Fernando, Márcia, Sávio e Eu. Os outros chegarão!
Acordamos no dia 07 com a chegada de Tadeu Gondim e Ivo Barreto. O compromisso técnico de montar ANGU DE SANGUE no Teatro SESC Paulo Autran de Taguatinga. Durante a viagem de Brasília à Taguatinga, todas as faces do País. ...Brasília é Brasil em qualquer canto, riquezas são diferentes... Oh, sertão! A reta de Ibimirim grita! O Travessão do Ouro está rouco de tanto falar da aridez, da pobreza, do caos. Quantos gritos os excluídos ainda terão que dar? Vinga-se Marcelino! Chegamos em Taguá – quanta intimidade! Cidade grande. A Campina do DF. Tivemos uma calorosa platéia minguada. Será que foi porque ANGU já fez parte da programação do Cena Contemporânea e todo mundo de BSB já viu? O tempo, já, já, nos dará a resposta. Beijos e abraços de agradecimentos para Mariana!
“ONE DERO, DERO ROCK”
Circo desmontado na noite anterior, remontagem do Circo nesta manhã de 08 de julho do ano da graça de 2009. Agora, na Ceilândia! Hoje faremos ANGU DE SANGUE aqui no Teatro SESC Newton Rossi. Teatro maravilhoso. Zero quilômetro. Estralando! Aliás, todo o complexo do SESC Ceilândia é monumental. Nosso muito obrigado à Martha e ao Alan. E, o que dizer de Ceilândia? Terei que falar da secura. Terei de cantar ASSUM PRETO. Diz-se que por lá localiza-se a maior concentração de nordestinos. Tipo reduto. Diz-se também que é a mais violenta de todas as ‘cidades satélites’. Para bom entendedor, nenhuma palavra é mais que suficiente. A estratégia do ingresso ser trocado por alimentos não perecíveis não funcionou. Começamos a perceber as falhas da divulgação pela ausência de uma assessoria de imprensa. Tivemos uma matéria maravilhosa no Correio Brasiliense, graças ao trabalho incansável do nosso produtor Tadeu Gondim. Valeu Boi! E, lá vai: tivemos uma platéia linda, porém menor que a do dia anterior.
“ONE DERE INDIOMA, Ê NIDERE ISPIKING”
09.07.09 – hoje é dia de RASIF. Ontem à noite chegaram os músicos, André e Marcondes. É claro que já os deixamos à par de tudo. Estamos apreensivos. Minha boa educação germânica contém a minha LÍNGUA escrita e falada. Retornamos ao Teatro Newton Rossi, que acolheu no seu palco, com a cortina fechada, a platéia e o espaço cênico de RASIF. Como se estivéssemos no Hermilo. Vamos ver! Vou passar roupas com Márcia, Arilson e Marcondes; Fábio, Ivo e Martha vão catar pedras que não existem no planalto central do país, para compor o cenário. Chegou a hora, e vamos fazer. LOTOU!!! Tinha gente no chão. Como se estivéssemos no Hermilo. O mar arrebentou! Como é bom e pertinente falar dos problemas indígenas em Brasília. “Sabe o mendigo Caitetu? Não era mendigo nem estava nu. Veio à cidade de vocês, maltrapilho, mas, educado. E sabe o que fizeram ao Caitetu, coitado? QUEIMARAM VIVO. Taatoka êfe!” Valeu pelos dois dias anteriores. Da mesma forma que iniciamos RASIF, ‘tentando entender’, buscando através da tempestade de idéias onde palavra puxa palavra a partir do conceito etimológico do vocábulo Língua até sua significação biológica, terminaremos esta postagem com a voracidade titânica:
...Ninguém sabe falar esperanto, miséria é miséria em qualquer canto...
...Todos sabem usar os dentes, riquezas são diferente...
“EU FALAVA INTALIANO, EU FALAVA IN FRANCÊS”
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